DRE: Melhor relatório para sua empresa - Global Financeiro Skip to main content

O DRE (Demonstrativo de Resultados), é o melhor relatório para se enxergar a saúde da sua empresa. Ele vai te mostrar se o seu negócio é bom e se ele está bem (essas duas coisas são diferentes como veremos).

Quando tratamos de DRE, há sempre uma confusão entre dois pontos:

  1. Regime de apuração. Conceitualmente, o DRE deve ser gerado em regime de competência. Simplificando, equivale a dizer filtrar todos os lançamentos para compor o relatório pela data de emissão das notas, não pelo pagamento (o que seria regime de caixa). Isso porque, para saber o resultado de forma equilibrada, temos que comparar as receitas de um período com as despesas do mesmo período – e isso não tem ligação com os prazos de pagamento ou recebimento negociados por você com seus clientes e fornecedores. Você pode ter parcelado uma despesa em 12X, mas economicamente essa é uma despesa que você contraiu esse mês. Outros relatórios te mostrarão como o seu caixa está sendo gasto por cada tipo de despesa, que é fluxo de caixa e não DRE.

  2. Separação entre custos, despesas e investimentos: como exemplo de investimento temos a renovação da frota de carros da empresa, a compra de móveis. Investimentos tendem a ser pontuais e ficam de fora do DRE. Investir significa colocar capital na frente (compra da máquina) para ter um benefício a longo prazo (redução do custo). Agora a missão mais difícil separar custos e despesas. Custo é o conjunto de gastos necessários para a entrega do seu produto fim ao cliente. Se você é um comércio, é o custo médio de compra das mercadorias revendidas. Se você é uma fábrica, é o custo médio das matérias primas consumidas mais os gastos de fabricação que compõe os produtos que você vendeu no período (custo da mercadoria vendida). As despesas são, portanto, todo o resto: custo de vendas, marketing, pessoal administrativo, etc.

É de suma importância fazer essa separação para descobrir se o negócio é bom, ao analisar o resultado entre as receitas de um período e os custos do mesmo, descobrimos se o negócio é bom, independente da eficiência de vendas, marketing e administração. A essa diferença damos o nome de Margem Bruta.

Quando pegamos a Margem Bruta e subtraímos as despesas, descobrimos se o negócio está bom, e obtemos o Resultado ou EBIT.

Normalmente, separamos as despesas fixas (como pessoal, aluguel, despesas administrativas) das variáveis (como comissões e marketing).

Você deve estar se perguntando e os impostos onde entram? Os impostos diretos sobre o faturamento devem ser abatidos da Margem Bruta. Impostos sobre folha estão juntos às despesas de pessoal correlatos. E impostos sobre o lucro não entram no DRE, pois são calculados sobre o Resultado.

Dessa forma, temos o seguinte quadro gerencial, resumidamente:

MARGEM BRUTA 4.000
Receita de Vendas 10.000
(-) Impostos sobre o faturamento 500
(-) Custo das mercadorias vendidas ou serviços prestados 5.100
(-) Deduções de venda e devoluções 400
DESPESAS 1.200
(-) Fixas 700
(-) Variáveis 500
RESULTADO 2.800

No exemplo acima, vemos que o negócio é bom: cada R$ 100 vendidos temos uma margem de 40%, e depois, que o negócio está bom: reduzidas todas as despesas fixas e variáveis temos ainda um ótimo resultado de 28%.

O DRE vai lhe mostrar um raio X da saúde da sua empresa, que é bem diferente do fluxo de caixa, que vai mostrar as movimentações financeiras dia a dia, por categoria. E se você é um usuário da plataforma de gestão Global Financeiro, verá que pode alocar cada categoria de receita ou despesa no local adequado do DRE, e ter o melhor relatório para ver a saúde da sua empresa em um click, a qualquer momento.

Margem bruta – Um dos indicadores mais importantes para o seu negócio

Nesse artigo vamos aprofundar o nosso conhecimento nos indicadores de gestão preferidos e mais importantes para empresas de serviços recorrentes, que são aquelas que cobram mensalidades de seus clientes. Que são em sua maioria empresas de software, contadores, auditoria, manutenção, assessoria entre diversas outras.

O primeiro indicador, é o percentual de margem bruta. Isso porque ele é a base para diversos outros indicadores como veremos mais para frente. A ideia é saber quanto por cento do seu faturamento resta depois que tiramos os impostos sobre faturamento e custos diretos. Parece simples? Mas não é!!! Veja:

% Margem = (faturamento – Impostos – Custos) / Faturamento

A primeira dúvida que surge nesta fórmula é sobre o último operando, os Custos. Apesar de existir uma grande diferença entre custo e despesa, sempre temos confusão. Para cessar de uma vez por todas essa confusão, vamos as definições: custo é o conjunto é o conjunto de gastos diretos necessários a entregar o seu produto fim ou serviço ao seu cliente. No nosso caso aqui do Global Financeiro, são os custos de datacenter, custos com software. O desenvolvimento do software, investimentos em tecnologia, assim como os gastos com vendas e marketing conceitualmente não fazem parte do custo.

Também consideramos os impostos diretos calculados sobre o faturamento. Impostos sobre o lucro não entram. Em uma típica empresa de serviços de tecnologia, os impostos diretos ficariam assim:

ISS: 5% + PIS: 0,65% + COFINS: 3% = 8,65% (*exemplo meramente ilustrativo. Consulte o seu contador para saber quais são os tributos diretos e suas alíquotas).

Supondo que o seu negócio faturou um milhão de reais dentro de um mês. Os custos para entregar os serviços prestados foram de 40 mil reais. A margem bruta é:

(R$ 1.000.000 – (R$ 1.000.000 * 0,0865) – 40.000) / 1.000.000 = 87,35%

No exemplo acima, temos que: para cada 100 reais faturados, sobra para você pouco mais de 87 reais para todas as despesas e investimentos necessários da empresa, para depois chegar no lucro. A importância desse indicador, é justamente, te dar uma visão de viabilidade do seu negócio em escala. Ainda que os gastos para o crescimento (como marketing) sejam altos e a empresa tenha prejuízo operacional, podemos ver pela Margem Bruta se o serviço prestado possui uma boa margem de forma isolada, e, portanto, se vale a pena investir para crescer.

E como saber se o número que apareceu no indicador de bruta é bom ou ruim?

Para essa resposta é preciso saber qual o tipo do seu negócio. Por exemplo, em empresas com modelo de negócio baseado em produtos de tecnologia (como software ou serviços em nuvem), esse número aumenta devido ao grande interesse de investidores no segmento.

Dica importante: se você usa o Global Financeiro para sua gestão, você consegue esses números diretamente em seu relatório de DRE.

Aproveite o momento para conferir este artigo, que trata da importância de usar um software de gestão financeira para organizar a sua empresa de uma vez por todas!